"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca e
que esquivando-nos do sofrimento,
perdemos também a felicidade."
(Carlos Drummond de Andrade)
Escrevi a primeira parte dessa postagem em 19 de novembro de 2011, naquele dia, naquelas semanas e meses eu estava vivendo o metamorfose mais intensa da minha vida
recém casada
lutando pra fechar os papéis do marido estrangeiro
grávida
e começando a entrar na tenebrosa vivencia de um casamento abusivo que só veio clarear-se assim, anos depois
ainda acho uma grande perda da vida e pra humanidade o amor desperdiçado, mas hoje já não chamaria de egoísta a prudência nem concordo que ao esquivarmo-nos dos sofrimentos perderíamos a felicidade.
ainda não cheguei na fase onde posso identificar o que fiz de errado pra que tudo tenha saído como saiu, mas sei que hoje seria ainda mais prudente, porque o que sofri me machucou e mudou, perdi-me de mim e mesmo que me ache outra vez, ja não acharei o eu de antes mas um eu modificado pela dor, sofrimento, abuso, rejeição e desamor, traições e um comportamento psicopata que me testava a razão o tempo todo.
Amigo Drummond, prudencia nos tempos atuais não faz mal a ninguém.
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