COLHI A TEMPESTADE
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sábado, 30 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Chuva!!!
A simples idéia dos pingos caindo me anima,
traz um vigor diferente
tenho vontade de por havaianas
e correr para a rua,
tomar banho nas bicas das casas
Esses dias, deu uma doida em mim
e coloquei o tênis e fui correr na chuva,
afinal foi tempestade com muita água
me senti livre, leve,
Quero chuva
quero olhar para a chuva
e lavando a minha alma
sentir seu compasso e segui-lo
quero mais chuva!
domingo, 3 de outubro de 2010
Primeiro sábado de um outubro
A chuva começou forte, batia na janela, insistia em entrar, queria me lavar, levar minha solidão, meus problemas para longe de mim, queria me alegrar. E não desistiu, não parou.
Permaneceu fininha, como lágrimas de choro contido, magoado, que insistem em cair, teimosa, escorrida, borrando a maquiagem.
Por mim pode chover o dia todo. O dia fica mais lindo.
O final da chuva me encanta, o verde, a vida, a alegria que surge depois do silêncio barulhento dos pingos insistentes dá espaço a algazarra dos pardais e o vôo do beija-flor no meu muro.
Também me lembro da cantoria dos sapos, detesto eles, mas que eles alegram o interior em tempos de chuva, isso eles alegram, lembro das noites em que me embalam o sono.
A chuva de ontem durou o dia todo,realmente Deus é muito insistente,tentou tornar meu dia bom,
mas fechei a janela para não ver
e coloquei fones nos ouvidos – último volume –,
para não ouvir.
Cerrei meu coração e choveu aqui dentro.
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