“Aprender a amar é central na fé e na vida cristã. O homem foi feito para amar; sua vida se realiza plenamente só quando vive no amor. Descobrir sua vocação ao amor, como pessoas e como batizados é a chave de toda a existência. Esta vocação assume diferentes formas, segundo os estados de vida. Uma delas é o sacerdócio”. Os sacerdotes são “chamados por Deus para entregar-se inteiramente a Ele, com coração íntegro, as pessoas consagradas no celibato são um sinal eloquente do amor de Deus para o mundo e da vocação a amar a Deus acima de tudo”, assim nos fala o papa Bento XVI e é complementado pelas palavras de secretário da Congregação para o Clero, Dom Piacenza que afirma ser o sacerdócio “essencialmente um dom de Deus e, portanto, possui uma dignidade que todos – fiéis, leigos e clero – devem reconhecer”, “A dignidade do presbiterado, doada pelo Pai todo-poderoso, que deve aparecer na vida dos sacerdotes, em sua santidade, em sua humanidade disposta a acolher, em sua humildade e caridade pastoral, na luminosidade da fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja, na sobriedade e solenidade das celebrações dos mistérios divinos, no hábito eclesiástico.” Enfim, “o sacerdote é um homem de Deus” “que existe para levar Deus aos homens”.
Amigos, quando a PASCOM se reuniu para escrever a respeito dessa solenidade, neste dia tão feliz para nossa paróquia, onde somos a voz de tantos que aqui não podem estar, pensamos ser, a princípio, uma árdua tarefa, pois como falar de um neo-sacerdote e conjuntamente falar de outro com 11 anos presença viva em nossa comunidade? Um que começamos a conhecer à pouco tempo, mas que saiu do seio da nossa comunidade e outro que veio e se tornou membro efetivo em nossos corações? Percebemos então, que um e outro eram partes dependentes de uma relação fraternal constituída pelo próprio Deus desde muito tempo, antes mesmo que eles pudessem perceber. Pois como Dom Piacenza diz, a vocação “trata-se de uma dignidade que não provém dos homens, mas que é puro dom da graça, ao qual a pessoa foi chamada”.
A chegada o padre Edinaldo, trouxe para o Recanto das Emas não apenas mais uma paróquia e um prédio, mas uma igreja viva, que foi se unindo com ele para erguer paredes e construir relações que vão muito alem dos limites dos terrenos das capelas e da matriz.
A fé propagada por este jovem servo dos propósitos divinos, nos aproxima de Deus e faz-nos refletir sobre a vontade de Deus em nossas vidas. Pois ao sacerdote cabe, revestido do Espírito do Pai todo-poderoso, a incumbência de “guiar”, com o ensinamento e a celebração dos sacramentos e, sobretudo, com a própria vida, o caminho de santificação do povo que lhe foi confiado, tendo por certeza que o único fim pelo qual o próprio presbiterado existe é o paraíso.
Seguindo esse pensamento é que hoje temos o prazer de ter e viver a primeira missa do Pe. Idison, jovem que nascido distante foi conduzido por Deus à nossa comunidade, onde enamorou-se pelo Espírito Santo e passou a viver intensamente a paixão de Cristo pela humanidade pecadora. Vislumbrou os encantos do amor de Maria e nela se recostou para buscar a santidade.
É alegria para nós, ver o trabalho de um refletido no outro. Pois do barro surgiu a casa que acolhe a todos e do coração daquele que não sabia sequer rezar o terço, emergiu um padre de tamanho beleza e grandiosidade espiritual.
Desejamos que a exemplo de São João Maria Vianey, o Santo Cura D’Ars, o serviço sacerdotal possa levar o povo a rezar, a fazer oração por suas necessidades e aflições; a incentivar a oração pessoal, as devoções e a religiosidade popular.
E lembrem-se sempre que: “As tentações, as dúvidas, as resistências fazem parte da nossa história, o que gera a consciência de que sempre somos pecadores, mas também convidam a uma abertura à graça do Deus que sempre nos perdoa.” Que o sacerdote "não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; para conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si". Que “como mestres da verdade do Evangelho, não vos omitam, nem tenham medo de defender a fé do povo, quando preciso for, sempre em sintonia com o Magistério da Igreja.” Que “o testemunho suscita vocações”. Que “o elemento mais importante no caminho de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo."
Agora a jornada continua, para um a continuação da caminhada exigirá o conhecimento da estrada percorrida, para outro abre-se a porta para um longo e novo caminho a percorrer. Desejamos, apenas que o guia seja Deus, que o caminho seja Jesus, único e verdadeiro, que a força venha do Espírito Santo e o amor de Maria, mãe piedosa.
Paz e bem! E viva os padres!